Técnico da Croácia faz jogo de esconde com Tite; Sosa é o mistério

Assim como o técnico do Brasil, Zlatko Dalic tem ponto de interrogação na lateral e empurra fim do suspense para último treino

 Correio Braziliense

<i>(Foto: Ozan Kose/AFP)</i>
Zlatko Dalic faz mistério em torno da escalação croata (Foto: Ozan Kose/AFP)

Sentado ao lado de Luka Modric na bancada da sala de conferências do Qatar National Convention Centre, o QG da Fifa na capital do Catar, o mentor do vice-campeonato da Croácia na Copa do Mundo de 2018, na Rússia, Zlatko Dalic, foi ofuscado pela estrela da companhia Luka Modric. De cabeça baixa, olhando para a mesa na maior parte do tempo, comportava-se com a humildade de quem sabe exatamente a grandeza de cada personagem na hierarquia da seleção adversária do Brasil nesta sexta-feira (9/12), às 12h (de Brasília), no Estádio da Educação, pelas quartas de final da Copa do Mundo Qatar-2022.

Tão misterioso quanto o colega de profissão Tite, Dalic empurrou para o treino da tarde a definição da escalação para o duelo eliminatório contra o Brasil. Curiosamente, a principal dúvida dele diz respeito à lateral esquerda. Contundido, Borna Sosa não enfrentou o Japão nas oitavas de final. A escalação do jogador do Stuttgart estava pendente da atividade de hoje.

“Estamos aguardando. É importante nos recuperarmos por causa da prorrogação (e dos pênaltis contra o Japão). Vamos treinar com Sosa. Não teremos muitas mudanças”.

Questionado se a Croácia atual é superior ao time vice-campeão em 2018, Dalic preferiu não misturar as estações. “Tenho 18 novos jogadores. Há quatro anos, eles atuavam juntos há 10 anos. Não há como comparar. Precisamos de tempo. O que posso dizer que essa mistura fez bem ao Brasil nessa Copa do Mundo”, comemorou o treinador.

O estilo do Brasil preocupa Dalic. As dancinhas nas comemorações nem tanto. “Não podemos deixar espaço para eles”, advertiu durante a entrevista. Se vacilar, ele sabe que as comemorações com repertório variado voltarão a acontecer ali perto dele, sem censura.

“Eles têm uma forma própria de comemorar e celebram como estão acostumados. Eles estão fazendo as coisas com muita unidade. Mostram sua tradição, característica. Isso significa que é respeitoso ou desrespeitoso? Não saberia dizer. Eu não gostaria de ver os meus jogadores fazendo isso, mas é a cultura deles. Eles gostam. E podem fazer”, desencanou o treinador.


Créditos: www.esportesdp.com.br



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