POR QUE A GRÃ-BRETANHA NOS JOGOS OLÍMPICOS COMPETE COMO UMA SÓ EQUIPE?

Por  Virgílio Franceschi Neto

Uma só bandeira. Assim competem ingleses, escoceses, galeses e alguns norte-irlandeses em Jogos Olímpicos, pela Grã-Bretanha, sob o pavilhão da “Union Jack” - como é conhecida a bandeira do Reino Unido da Grã-Bretanha e Irlanda do Norte (sobreposição dos estandartes da Escócia, Inglaterra e Irlanda do Norte).

Os nascidos na Irlanda do Norte podem optar competir pela Grã-Bretanha ou pela República da Irlanda. Na Rio 2016, dos 29 atletas da Irlanda do Norte, 21 competiram pela Irlanda e oito pela Grã-Bretanha.

A República da Irlanda ocupa a maior parte da ilha da Irlanda. Uma menor parte é a Irlanda do Norte, politicamente vinculada a Londres, à monarquia, cujo chefe-de-Estado é o Rei Charles III. A ilha da Irlanda se localiza a oeste da ilha da Grã-Bretanha, por sua vez constituída pela Inglaterra, Escócia e País de Gales.

É comum ingleses, escoceses, galeses e norte-irlandeses competirem separadamente em esportes de campo. Inglaterra e Escócia fazem o duelo internacional mais antigo do futebol. Ademais, fãs do rugby esperam ansiosamente todos os anos pelos confrontos entre as “Home Nations” (como são conhecidas as seleções de Inglaterra, Escócia, País de Gales e Irlanda). No futebol e no rugby em Jogos Olímpicos, a bandeira é uma só: a da Grã-Bretanha.

No tênis, Andy Murray, escocês bicampeão Olímpico, não ouviu o hino “Flor da Escócia” na cerimônia de premiação, mas sim escutou à época “God save the Queen - Deus salve a rainha”.

Entretanto qual é o motivo de ingleses, escoceses, galeses e norte-irlandeses para algumas vezes competirem juntos e em outras, separadamente?


Olympics.com explica abaixo.

Seleção britânica feminina de futebol antes do confronto contra o Japão, em Sapporo (Hokkaido), durante Tóquio 2020, em 24 de julho de 2021. Foto: Masashi Hara/Getty Images.

 
Foto: Masashi Hara





No entanto, o Olimpismo na Grã-Bretanha tem origens nos anos 1860, com festivais conhecidos como “Olímpicos” realizados quer seja na Inglaterra, na Escócia, no País de Gales e na Irlanda do Norte. Este movimento deu origem à Associação Olímpica Britânica, respectivo Comitê Olímpico Nacional (CON) local.

Andy Murray comemora medalha de ouro nos Jogos Olímpicos Rio 2016, em 14 de agosto. Foto por: Clive Brunskill/Getty Images.

Foto por 2016 Getty Images
SÉCULO 19: O ESTABELECIMENTO DO SISTEMA ESPORTIVO NACIONAL

Muito do sistema esportivo atual tem influência inglesa, de como o esporte foi por lá organizado, ou seja, de atletas que fundam clubes, que se associam em torno de federações nacionais e, consequentemente, em federações internacionais.

À medida em que isso acontecia, a partir da segunda metade do século XIX, essas federações nacionais se estabeleceram em torno de cada país e contribuíram para a configuração do esporte moderno em diversas modalidades, uma delas bastante popular: o futebol.

Andy Murray comemora medalha de ouro nos Jogos Olímpicos Rio 2016, em 14 de agosto. Foto por: Clive Brunskill/Getty Images.

Foto: por 2016 Getty Images

No entanto, o Olimpismo na Grã-Bretanha tem origens nos anos 1860, com festivais conhecidos como “Olímpicos” realizados quer seja na Inglaterra, na Escócia, no País de Gales e na Irlanda do Norte. Este movimento deu origem à Associação Olímpica Britânica, respectivo Comitê Olímpico Nacional (CON) local.
Em jogos fora da República da Irlanda, não é executado o seu hino oficial, mas sim a canção popular “Ireland’s Call” – o “chamado da Irlanda”, em tradução. Ou seja, não se cantam os temas oficiais da República da Irlanda e da Irlanda do Norte. No futebol, ao contrário, República da Irlanda e Irlanda do Norte têm suas próprias federações. Inclusive já realizaram confrontos entre si. Cada seleção joga sob uma bandeira e, para a Irlanda, canta-se o hino oficial do país “A Soldier Song”. Para a Irlanda do Norte (território vinculado a Londres) é entoado o “God Save the King – Deus salve o rei."


Fontehttps://olympics.com/pt/noticia

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