Beto Lago: 'Virar uma SAF é um caminho sem volta e, como tal, não pode dar errado'

Um bom grupo de investidor irá transformar o dia a dia do clube, com a esperança de se tornar uma força nacional

Por  Beto Lago

<i>(Foto: Rafael Vieira/FPF)</i>
(Foto: Rafael Vieira/FPF)

Olhando o futuro

Adotar a SAF nos clubes brasileiros virou necessidade. Os casos surgem na imprensa incluindo clubes que estavam fora do radar nacional, como São Bento e Paraná. Tradicionais, essas duas agremiações devem virar sociedade anônima bem mais rápido que o Trio de Ferro da Capital. As dívidas dos três clubes chegam a R$ 840 milhões, de acordo com os balanços financeiros de 2023 – Santa Cruz com R$ 305 milhões, Sport na faixa de R$ 276 milhões e o Náutico, um pouco abaixo, com R$ 258 milhões. Estão longe do quadro de insolvência, muito pelo patrimônio tangível que cada um possui, sem falar no valor da marca de cada clube. A presença de investidores nas sedes dos clubes pernambucanos já tem um bom tempo. Trocas de propostas, típico de um ritual de início de namoro longo e necessário.

Os passos dados por Santa Cruz e Náutico (o Sport, segundo o presidente Yuri Romão, não deu o pontapé no processo) seguem lentos, mas cuidadosos. Aqui, atenção importante: virar uma SAF é um caminho sem volta e, como tal, não pode dar errado. Um bom grupo de investidor irá transformar o dia a dia do clube, com a esperança de se tornar uma força nacional. Porém, a chegada de um grupo mal-intencionado, se torna um tiro no pé e que poderá acabar com o futuro do clube. Sejam meticulosos. Definam os modelos financeiro, de gestão e de propriedade. Ninguém coloca dinheiro sem ter essa clareza, até para ter o retorno do capital investido. Ninguém vende se não tiver garantias para que o patrimônio seja preservado. Espero que tudo seja feito com segurança e que se trabalhe com maior rapidez. Para que nossos clubes tenham um futuro seguro. 

Mais tempo para treinar

Diferente dos outros jogos, o técnico Pepa teve um tempo maior para treinos, de olho neste decisivo duelo contra o Paysandu, na segunda, em Belém do Pará. Tempo para encontrar o substituto do suspenso Titi Ortiz, que voltou a reencontrar o melhor futebol, e para levantar o astral do atacante Gustavo Coutinho, que vive seu "inferno astral". Aqui, uma saída: trabalhar para reconquistar o apoio do torcedor. Gustavo Coutinho é bom jogador, goleador e ativo do clube, que pagou R$ 7 milhões por ele.

Hora de decisão

Decisão na Série D e aposto no título do Retrô. Que colocaria Pernambuco como um dos cinco estados com conquistas nas quatro divisões nacionais. Primeiro jogo fora de casa. A final será aqui, esperando apenas para saber onde o presidente Laércio Guerra levará a partida. Coloco a Fênix como favorita diante do Anápolis, mas é bom tomar todo cuidado e, se possível, contar com dupla sorte e competência que vimos nas decisões por pênaltis.

10.000

O gol de Zé Roberto teve um significado histórico: gol de número 10 mil da história do Sport em 5.490 jogos. O clube é o 15° a atingir a meta. O Santa Cruz já tem 10.229 gols em 5.369 jogos. O Santos, que foi o primeiro, e o Flamengo brigam pelo primeiro posto: 13.046 gols do Peixe em 6.531 jogos contra 13.042 gols em 6.623 partidas do rubro-negro carioca. Os dados são do jornalista Cássio Zirpoli.


Créditos: esportesdp.com.br


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