FIM DE SEMANA DE ARROMBA


Por Lenivaldo Aragão

O frevo volta a agitar as ladeiras de Olinda, onde já se vive a tradicional fase de ensaios para o novo Carnaval que está por vir. Nosso ritmo trepidante certamente será ouvido também nas arquibancadas dos Aflitos, Ilha do Retiro e Arena, se for permitida a presença de alguma orquestra por lá.

Três jogos agitam o torcedor pernambucano, por diferentes Séries do Brasileirão: A (Sport x Corinthians), C (Náutico x Ponte Preta) e D (Santa Cruz x Maranhão).


ILHA DO BARULHO

Não se trata de confusão, mas do alarido que se espera, reine na Ilha do Retiro, neste domingo (21), proporcionado pela torcida do Sport a partir de 17h30, quando a bola começar a rolar. A Ilha, como se sabe, teve sua capacidade de público aumentada pelos bombeiros, de 26.345 para 27.325.
Nossos times têm mourejado nas divisões inferiores do certame nacional. Há ligeira exceção, com o Sport situando-se entre as Séries A e B, mais B do que A.

Dessa forma, a presença das grandes equipes nacionais no Recife se tornou uma raridade, bem diferente dos tempos em que o chamado Trio de Ferro vivia noutro pedestal.
O Estádio Adelmar da Costa Carvalho vai estourar. O empate (1 x 1) do Sport com o Bragantino, nas circunstâncias em que foi obtido – gol marcado nos estertores da partida – teve comemoração de vitória entre jogadores e torcedores do lanterninha do campeonato.

Leoninos em absoluta maioria; corintianos em percentual bem menor, mas fiéis à sua grande paixão.
Uma curiosidade é que Dorgival Júnior, o técnico do Corinthians, adversário do Sport, comandou a equipe rubro-negra em 2006, ainda em início de carreira, depois de ter treinado Ferroviária (SP), Figueirense (SC), Fortaleza (CE), Criciúma (SC) e Juventude (RS).
Mostrar que ainda está vivo, com força para evitar o rebaixamento, que há muito lhe caiu sobre os ombros, é tarefa da esquadra comandada por Daniel Paulista, antigo companheiro de Dorgival, mesmo que o adversário seja o Timão. Depois do tradicional aberto, cada um dos dois técnicos pega sua espada e inicia o duelo, como no velho circo romano.


ESPERANÇA ALVIRRUBRA

Nesta sexta-feira (19) ao terminar uma consulta, recebi a pergunta do médico Luiz Cajueiro Barbosa Filho: “E o Náutico?”.
Veterano alvirrubro, acostumado aos tempos áureos, mas como toda a Timbuzada, ultimamente sofrendo mais do que se deleitando, o doutor Cajueiro, habitual frequentador dos Aflitos, não escondia sua decepção pelo insucesso diante do Guarani, quando todos esperavam uma vitória.
Lamentação não faltou ao comportamento dos zagueiros. E mais: ”Para completar, aquele pênalti perdido”, completou.

Na realidade, a penalidade máxima cobrada por Vinicius e defendida pelo goleiro Dalberson, poderia ter levado o Náutico a uma reação, o que não ocorreu.
A análise suscinta do ilustre torcedor exprime o temor que passou a rondar os alvirrubros, depois da derrota por 2 x 0 para o Guarani em pleno domínio do Timbu.
Porém, até a noite desta sexta tinham sido vendidos mais de 12.300 ingressos, o que mostra que a galera, não obstante ter ficado desgostosa, não vai negar uma ruidosa manifestação a Vinicius e seus companheiros, quando o time do Náutico adentrar o gramado dos Aflitos para o jogo contra a Ponte Preta, marcado para 17h deste sábado (20).
Como araruta não deve ter mais do que um dia de mingau, o popular provérbio certamente não vai mais molestar o Timbu.

XÔ, SÉRIE D!

É o que mais tem se ouvido entre os torcedores do Santa Cruz. Depois da vitória por 1 x 0, na Arena Castelão, em São Luís, o time de Marcelo Cabo só precisa empatar, agora no jogo de volta, neste sábado (20), às 19h30, a fim de se classificar para disputar o título de campeão da Série B 2025 com o campeão do duelo Inter de Limeira (SP) x Barra (SC). No jogo de ida, deu Barra.
O importante é que os quatro participantes das semifinais – Barra, Inter de Limeira, Maranhão e Santa Cruz – já estão com acesso garantido à Série C. Todavia, posar com o troféu de campeão daqui a duas semanas enriquece o currículo.

Até esta sexta, o Santa Cruz anunciava ter vendido mais de 30 mil ingressos a torcedores esperançosos de ver o Tricolor carimbar a passagem para a grande final.
À Cobra Coral basta um empate, mas vencer seria mais um presente do time ao povão, que tanto tem dado ânimo ao marqueteiro Thiago Galhardo e sua turma. 



Enviar um comentário

0 Comentários