Por Ival Saldanha
Depois de assistir aos mais recentes jogos da Seleção Brasileira, particularmente este último na derrota do Brasil para o Japão por 3 a 2 de virada, lembrei-me de um artigo escrito pelo nosso querido José Joaquim Pinto de Azevedo que anda meio sumido, escrito já algum tempo atrás, mas que bem vem representar a nossa realidade que continua a mesma. Assim escreveu o José Joaquim: " Ouvimos uma frase bem interessante relacionada ao futebol do Brasil: "O moderno é pré -fabricado". A pobreza franciscana que ainda assombra o futebol nacional criou a necessidade da busca por um craque para que possa alavanca-lo, e assim levar mais torcedores aos estádios, mas não se pode formatar um craque nas agências de marketing ou nas pranchetas dos jornalistas. O craque já nasce craque com a bola nos pés e há um bom tempo, poucos estão nascendo em nosso país. Na verdade, hoje se confunda craque com artilheiro que faz gol. Uma coisa é uma coisa, e outra coisa é outra coisa. Craque foi Pelé que continua insubstituível até hoje. Craque é Messi que ainda continua jogando. O que eles tem em comum? São geniais, criativos, habilidosos, armadores, dribladores e também faziam gols. E ainda dizia o nosso querido José Joaquim que, quando a Seleção do Circo atua e obtém uma vitória muitas vezes perante um adversário mequetrefe, o ufanismo com essa conquista, representa realmente as distorções dos fatos. Trata-se de um modelo indutor de que o adversário era potente e que nossa Seleção foi extraordinária, manipulando às mentes daqueles que assistem. Os atletas tornaram-se celebridades, são tratados como tal, e todos os seus movimentos fora de campo são destacados". Portanto, depois de assistir aos mais recentes jogos da nossa Seleção do Ancelotti, que parece ser ele o maior craque do time, creio que o nosso querido José Joaquim continua tendo razão: continuamos procurando um craque para nossa Seleção...
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