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Pênalti é loteria, reza um ditado que circula entre os torcedores brasileiros. O popular chavão voltou à evidência após as quatro penalidades máximas desperdiçadas pelo Flamengo na recente decisão com o Paris Saint Germain. Este levantou a Copa Intercontinental de Clubes da Fifa, edição 2025. Com 1 x 1 em 120 minutos, incluindo prorrogação, brasileiros e franceses foram para a disputa na marca de cal. O Fla fracassou. De cinco chutes aproveitou um. Já o PSG só precisou balançar a rede duas vezes.
Cobrança de pênalti era uma das atrações do antigo Torneio Início. Tratava-se da pré-estreia do campeonato estadual, com a presença de todas as equipes inscritas. Os jogos classificatórios duravam apenas 20 minutos, com troca de barra aos 10. Era comum muitas dessas partidas terminarem no 0 x 0, mesmo jogando um grande contra um pequeno. Aí entrava a cobrança de pênaltis. Suponhamos uma disputa entre Auto Esporte e Tramways. Se o Auto fosse sorteado para iniciar a cobrança, o jogador escalado – não havia revezamento – batia os cinco pênaltis a que tinha direito, seguidamente. Depois entrava o representante do Tramways para efetuar seus cinco chutes. Permanecendo o empate, os cobradores iam se revezando, cada um fazendo um disparo, até surgir um ganhador. Sempre os mesmos batedores. Na final, uma exceção, com 40 minutos de bola rolando, prorrogação, se fosse necessário, e pênaltis.
Havia jogadores que brilhavam nos chamados tiros livres da marca do pênalti e eram tidos como uma atração à parte no TI, entre os quais, Alemão (Sport),Caiçara (Náutico), Eliezer (Sport), Luciano (Santa Cruz, Sport, Náutico e Central), Mainha (Sport, Santa Cruz e Náutico),Tadeu (América e Náutico), Traçaia (Sport)
A respeito de pênaltis, o ex-zagueiro, preparador físico e técnico Hugo Benjamin, atualmente curtindo férias prolongadas, conta uma história do tempo em que comandava a equipe do Náutico. Disputa entre o Timbu e o Londrina por uma vaga no quarteto que disputaria o título de campeão da Série B e as duas vagas de acesso à Série A, conforme o regulamento da época. América Mineiro, Ponte Preta e Vila Nova já estavam classificados e esperavam companhia.
Em 29-9-1997, o Náutico recebeu o Londrina e venceu nos Aflitos por 2 x 1, com Humberto e Melque marcando os gols alvirrubros. Em seguida, o Timbu viajou para realizar o jogo de volta na casa do adversário.
Hugo Benjamim com a palavra:
– Foram dias difíceis em Londrina, uma cidade inteira contra um time, vinte e cinco homens praticamente sem poder sair de dentro do hotel. E treinar para o jogo? Nada. Estava impossível. Não nos cederam nada. Um campo, ginásio ninguém facilitava nem um campo careca, de pelada. Foi quando o gerente do hotel me disse que havia um jeito. Sair da cidade e viajar um pouco mais de uma hora, tipo Recife / Caruaru. Nos reunimos com os jogadores e decidimos ir. Chegamos e encontramos uma chácara com um campo quase profissional, bem cuidado e com bom gramado. A essa altura, a provocação tomou conta do grupo e tirei proveito, mexendo na autoestima de todos. Finalmente, após uma noite de apreensão, com foguetório até a polícia chegar, veio a hora do jogo. Escoltados pela polícia, entramos no estádio. Aquecimento no próprio vestiário. Ao entrarmos em campo, vi algo estranho no local dos reservas. Chegando mais próximo, identifiquei nada mais, nada menos do que uma colmeia, casa de abelha, plantada, colada no teto, de tamanho médio. Recuamos. Mais provocação, mais sangue nos olhos e faca nos dentes.
Vitória do Londrina por 1 x 0 diante de sua torcida, em 5-10-1997, o que motivou um terceiro jogo, dois dias depois, 7-10, ainda no terreno dos paranaenses. Novamente o treinador alvirrubro, naquele eletrizante momento, com a palavra:
– Jogo duríssimo, empate justo: 1 x 1. (O gol do Náutico foi assinalado pelo ponta-direita Chapecó).
Hugo prossegue:
– Vamos pros pênaltis. Ney, no gol, tirou onda, defendendo dois. No nosso último pênalti, Alemão, volante oriundo do Porto de Caruaru, apanha a bola. Nisso, naquela corrente fechada, com todos abraçados vendo Alemão se organizando, alguém grita na minha direção:
– Professor, é Alemão que vai bater, é? Ele não sabe bater, não!
Silêncio, já com Alemão correndo e convertendo. Ufa!!!
Vitória do Náutico na disputa por pênaltis, apesar de Alemão: 4 x 2.
Naquele dramático empate com o Londrina, o Náutico alinhou: Ney Fábio; Demétrius, Roger, Humberto e Melque; Germano, Alemão e Marcelo; Chapecó, Formiga (Jailson) e Alércio (Macalé).
O quadrangular final da segunda divisão do Brasileiro foi disputado por América, Náutico, Ponte Preta e Vila Nova. Na época, só dois times tinham acesso. Foram eles o América-MG e a Ponte Preta.
Cobrança de pênalti era uma das atrações do antigo Torneio Início. Tratava-se da pré-estreia do campeonato estadual, com a presença de todas as equipes inscritas. Os jogos classificatórios duravam apenas 20 minutos, com troca de barra aos 10. Era comum muitas dessas partidas terminarem no 0 x 0, mesmo jogando um grande contra um pequeno. Aí entrava a cobrança de pênaltis. Suponhamos uma disputa entre Auto Esporte e Tramways. Se o Auto fosse sorteado para iniciar a cobrança, o jogador escalado – não havia revezamento – batia os cinco pênaltis a que tinha direito, seguidamente. Depois entrava o representante do Tramways para efetuar seus cinco chutes. Permanecendo o empate, os cobradores iam se revezando, cada um fazendo um disparo, até surgir um ganhador. Sempre os mesmos batedores. Na final, uma exceção, com 40 minutos de bola rolando, prorrogação, se fosse necessário, e pênaltis.
Havia jogadores que brilhavam nos chamados tiros livres da marca do pênalti e eram tidos como uma atração à parte no TI, entre os quais, Alemão (Sport),Caiçara (Náutico), Eliezer (Sport), Luciano (Santa Cruz, Sport, Náutico e Central), Mainha (Sport, Santa Cruz e Náutico),Tadeu (América e Náutico), Traçaia (Sport)
A respeito de pênaltis, o ex-zagueiro, preparador físico e técnico Hugo Benjamin, atualmente curtindo férias prolongadas, conta uma história do tempo em que comandava a equipe do Náutico. Disputa entre o Timbu e o Londrina por uma vaga no quarteto que disputaria o título de campeão da Série B e as duas vagas de acesso à Série A, conforme o regulamento da época. América Mineiro, Ponte Preta e Vila Nova já estavam classificados e esperavam companhia.
Em 29-9-1997, o Náutico recebeu o Londrina e venceu nos Aflitos por 2 x 1, com Humberto e Melque marcando os gols alvirrubros. Em seguida, o Timbu viajou para realizar o jogo de volta na casa do adversário.
Hugo Benjamim com a palavra:
– Foram dias difíceis em Londrina, uma cidade inteira contra um time, vinte e cinco homens praticamente sem poder sair de dentro do hotel. E treinar para o jogo? Nada. Estava impossível. Não nos cederam nada. Um campo, ginásio ninguém facilitava nem um campo careca, de pelada. Foi quando o gerente do hotel me disse que havia um jeito. Sair da cidade e viajar um pouco mais de uma hora, tipo Recife / Caruaru. Nos reunimos com os jogadores e decidimos ir. Chegamos e encontramos uma chácara com um campo quase profissional, bem cuidado e com bom gramado. A essa altura, a provocação tomou conta do grupo e tirei proveito, mexendo na autoestima de todos. Finalmente, após uma noite de apreensão, com foguetório até a polícia chegar, veio a hora do jogo. Escoltados pela polícia, entramos no estádio. Aquecimento no próprio vestiário. Ao entrarmos em campo, vi algo estranho no local dos reservas. Chegando mais próximo, identifiquei nada mais, nada menos do que uma colmeia, casa de abelha, plantada, colada no teto, de tamanho médio. Recuamos. Mais provocação, mais sangue nos olhos e faca nos dentes.
Vitória do Londrina por 1 x 0 diante de sua torcida, em 5-10-1997, o que motivou um terceiro jogo, dois dias depois, 7-10, ainda no terreno dos paranaenses. Novamente o treinador alvirrubro, naquele eletrizante momento, com a palavra:
– Jogo duríssimo, empate justo: 1 x 1. (O gol do Náutico foi assinalado pelo ponta-direita Chapecó).
Hugo prossegue:
– Vamos pros pênaltis. Ney, no gol, tirou onda, defendendo dois. No nosso último pênalti, Alemão, volante oriundo do Porto de Caruaru, apanha a bola. Nisso, naquela corrente fechada, com todos abraçados vendo Alemão se organizando, alguém grita na minha direção:
– Professor, é Alemão que vai bater, é? Ele não sabe bater, não!
Silêncio, já com Alemão correndo e convertendo. Ufa!!!
Vitória do Náutico na disputa por pênaltis, apesar de Alemão: 4 x 2.
Naquele dramático empate com o Londrina, o Náutico alinhou: Ney Fábio; Demétrius, Roger, Humberto e Melque; Germano, Alemão e Marcelo; Chapecó, Formiga (Jailson) e Alércio (Macalé).
O quadrangular final da segunda divisão do Brasileiro foi disputado por América, Náutico, Ponte Preta e Vila Nova. Na época, só dois times tinham acesso. Foram eles o América-MG e a Ponte Preta.
(Fonte de pesquisa e fotol: “Náutico, Retrospecto de Todos os Jogos”,de Carlos Celso Cordeiro e Luciano Guedes Cordeiro)



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