LEMBRANÇAS ESQUECIDAS DO FUTEBOL PERNAMBUCANO ( BITA - O HOMEM DO RIFLE ) -IS


Por Ival Saldanha

Sempre é bom relembrar dos bons tempos do futebol pernambucano. Por isso mesmo eu relembro de uma certa noite de 17 de novembro de 1966, em jogo válido pelas semifinais da Taça Brasil de 1966, o Náutico do técnico Duque surpreendeu o temido Santos de Pelé no Estádio do Pacaembu com Pelé e tudo em campo. Em uma jornada inesquecível, o Náutico venceu o jogo em plena Vila Belmiro pelo placar de 5×3, com quatro gols marcados pelo jovem Bita, o suficiente para seu nome aparecer com destaque na imprensa esportiva da época.

A Revista do Esporte número 403 dedicou duas páginas ao artilheiro do Náutico. Bita foi o artilheiro do campeonato pernambucano de 1964 (24 gols), 1965 (22 gols) e 1966 (20 gols). Na disputa da Taça Brasil foi o artilheiro da competição em duas edições, com 9 gols marcados em 1965 e 10 gols em 1966 ao lado de Toninho Guerreiro do Santos, centro avante que fazia dupla com Pelé. Bita também foi Campeão pernambucano pelo Santa Cruz em 1970, 1971 e 1972, mesmo ano em que recebeu o Prêmio Belfort Duarte de disciplina. Bita deixou os gramados com lesões nos joelhos.
Filho do italiano Tommaso Lasalvia e da pernambucana Alaíde Margarida Tasso Lasalvia, Sílvio Tasso Lasalvia, o “Bita”, nasceu em 11 de agosto de 1942, no bairro da Torre, em Recife, vivendo de maneira tranquila e familiar até seus últimos dias de vida, quando nos deixou no dia 27 de outubro de 1992 com apenas 50 anos.

Bita tinha o apelido de "O Homem do Rifle" devido a um seriado de TV exibido entre 1958 e 1963 chamado "O Homem do Rifle". O Seriado apresentava um rancheiro justiceiro com um manejo incomparável de seu Rifle Winchester.

**OBS: Apontado como o causador do seu falecimento, o futebol é visto como a razão da morte precoce do ex-jogador. Um câncer na face o vitimou. Em reportagem, sua esposa relembrou o ocorrido em entrevista a UOL: "...A bola veio baixa para ele, ele tinha que abaixar a cabeça. Aí o Donald, um jogador do Sport, chutou o rosto dele e ele teve um afundamento da face, teve que fazer cirurgia. Com o tempo, ele operou, mas naquela época não se pedia biopsia para tudo. E ele começou a ter coriza. Eu falei, "vá ao médico". E ele não foi. Aquilo foi piorando. Quando foi identificado o que realmente era, já estava comprometido. Acabou falecendo em 27 de outubro de 1992 com apenas 50 anos de vida. São lembranças esquecidas do futebol pernambucano..



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