Por Claudemir Gomes.
O técnico, Guto Ferreira, sempre dividiu a torcida do Sport, embora tenha o crédito de ter classificado o clube para a Série A, ano passado. Ao levar o Leão a atingir a grande meta da temporada 2019, induziu os dirigentes e incorrer no erro de seguir a máxima: "Em time que está ganhando não se mexe!". Equivocados, esqueceram que isso não é regra, muito menos, garantia de acerto.
A temporada 2020 se inicia com um desafio maior: montar um time para se manter na elite do futebol nacional. E lá se vão dispensas de jogadores e contratações de peças de reposição. Em campo, o time não conseguia acertar o passo. Pior ainda: não se desvencilhava da letargia que lhe levava a apresentar um futebol de terceira categoria.
A turma do contra gritava nas redes sociais: "Joga bosta na Geni!".
Os defensores de Guto Ferreira retrucavam: "Palmas pra Geni!".
Pressão em rede social é algo insuportável. No estádio ela termina quando o jogo acaba, mas na internet a turma fica conectada 24h por dia e o moído só cresce. Se o alicerce não for bom, a casa cai.
Após a derrota (2x1) para o limitado Brusque, em Santa Catarina, resultado que eliminou o Sport da Copa do Brasil, deixando escapar uma receita salvadora de R$ 1 milhão, foi a vez do presidente ultrapassar o limite da tolerância: "Maldita Geni!".
Ainda na noite da quarta-feira, ouvi um dirigente leonino advertir: "É preciso muito equilíbrio num momento como este. O técnico não é culpado se os jogadores perdem gols incríveis". Verdade. Mas é o responsável pela escalação e mudanças na equipe durante a partida. E Guto só errou no jogo em Santa Catarina. A derrota tinha mesmo que lhe ser creditada.
Os mais experientes detectaram logo que a tropa não estava atendendo ao comando. Numa linguagem futebolística podemos assegurar que, desse jeito não daria liga nunca.
O clube não tem dinheiro!
Isso é o que um monte de gente exclama, a todo o momento, na Ilha do Retiro. Prejuízo é insistir no erro. Guto Ferreira deveria ter sido dispensado no final do ano passado. Mas a diretoria se embriagou com o sucesso do acesso à Série A, e cometeu o pecado da "gratidão", deixando de enxergar as limitações do comanda.
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