Por Ival Saldanha.
á houve um tempo (acredite se quiser) que bastava a arquibancada do Estádio do Arruda ser ocupada para que o primeiro torcedor fosse transformado em símbolo pelas multidões que acompanhavam o time nos anos 70. Geraldo Lima da Silva, mais conhecido como “Pantera”, torcedor símbolo do Santa Cruz na época, personalizava como poucos a raça e a identidade do clube. Negro, alto, forte, boêmio e valente, muito valente. Pela cor da pele e agilidade com que enfrentava sozinho meia dúzia de oponentes, ganhou o apelido de Pantera. Nos primeiros anos do Arruda, eram os gols dos timaços da década de 1970 e seus gritos que inflamavam a multidão. Nada das famigeradas “Torcidas Organizadas”. Era apenas ele, o Pantera no meio da multidão de tricolores gritando e torcendo pelo seu clube de coração junto às bandeiras que tremulavam...Pena que tempo e momento como esse não mais voltarão..
* Ival Saldanha.
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