Responsável pelo departamento, Antônio Mário Valente analisou com cautela o retorno - ainda imprevisível - das atividades do futebol
"A gente tem essa preocupação sim, porque tememos uma maratona", declarou (Foto: Bruna Costa/DP FOTO ) |
A situação é ainda de imprevisibilidade quanto ao retorno do calendário por conta da pandemia de Covid-19, mas existe um olhar anterior - e que precisa ser feito - a este cenário: a saúde dos atletas após a volta do futebol. Por quanto tempo terão que treinar para voltarem a estar aptos fisicamente? Qual será a carga de jogos necessária para terminar a temporada? O quanto serão afetados?
Estes são alguns dos tantos questionamentos feitos pelo departamento médico do Santa Cruz. Em contato com a reportagem, o doutor Antônio Mário Valente, vice presidente médico do Tricolor, mostrou-se preocupado com a possibilidade de se ter que disputar uma maratona de partidas após a normalização das atividades e, com isso, os atletas contraírem lesões em sequência. .
“Do ponto de vista médico, o ideal seria três semanas, no mínimo, para fazermos as atividades. E nós tememos sim uma grande quantidade de lesões. Uma das grandes preocupações nossas é esse calendário para que a gente possa condicionar o atleta fisicamente, para que o departamento médico depois não sofra, até porque o nosso elenco é um dos mais enxutos”, afirmou.
Em uma simulação feita pela reportagem do Diario de Pernambuco considerando a volta do futebol para primeiro de agosto - em uma previsão bastante otimista, diga-se -, uma partida seria disputada a cada 60 horas, caso a CBF queira terminar o futebol ainda neste ano. Este cenário, no entanto, contraria o tempo de intervalo mínimo de 66 horas entre jogos instituído pela própria entidade e a Federação Nacional dos Atletas Profissionais de Futebol (Fenapaf).
Mesmo sem definição de retorno, o Santa Cruz começou a montar um protocolo para retorno, dividido em três seções. A primeira delas seria a testagem ampla de todos os funcionários envolvidos no processo, uso do Arruda - a princípio, podendo ter o CT Ninho das Cobras como alternativa - e, por fim, a divisão de grupos de atletas, justamente para não haver aglomeração.
Fonte: Super Esportes
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