Foto: Fernando Acioly. |
Elton Henrique
Fazer gols, chorar de alegria, levantar taças, se emocionar com a torcida e correr para o abraço. Muitas garotas que se apaixonaram pelo futebol já sonharam algum dia em ser uma jogadora profissional. Além de correr atrás da bola, as meninas também precisam driblar o preconceito, a falta de estrutura, os poucos patrocinadores e o enxuto calendário de competições. O amor pelo esporte fez Vanessa Maria da Silva, conhecida como Vanessinha, alcançar um dos seus desejos. Atualmente, ela é atacante profissional do Náutico.
Natural da cidade de Barueri, interior de São Paulo, a atleta de 22 anos se mudou para Pernambuco ainda aos cinco anos de idade. Na ocasião, foi morar em Escada, Zona da Mata Sul do estado. Com oito anos, ela se transferiu para o município do Cabo de Santo Agostinho, Região Metropolitana do Recife (RMR), onde vive até hoje. Na infância, enfrentou dificuldades por conta do preconceito, inclusive dos próprios familiares.
“Tive dificuldades para continuar jogando. Meus pais não aceitavam que meninas jogassem bola, mas eu sempre amei o futebol. Quando tinha torneio, ia escondida. Caso ganhasse medalha, nunca levava para casa. Assim que abriu seletiva para o Náutico, acordei cedo para ir fazer o teste e nem avisei em casa. Só contei quando retornei, mas eles ficaram bravos. Três dias depois, fui aprovada no resultado e meus pais me deram uma chance. Hoje, eles me ajudam”, revelou a jogadora alvirrubra.
Vanessa começou no futsal escolar, em 2006. Depois disso, passou dez anos sem fazer o que mais gostava por conta da família. Em 2016, ela entrou para o time da sua cidade natal, o Flamenguinho de Garapu. Em 2019, passou no peneirão do Náutico, onde segue até hoje.
Fonte: Fora de Campo
0 Comentários