Com apenas seis gols sofridos, atual comandante do Timbu encontrou o caminho da consistência e coleciona partidas com a meta ilesa
Por Eduardo Parin
Desde que foi anunciado, treinador ressalta importância da consistência dentro e fora das quatro linhas (Foto: Caio Falcão/CNC) |
Desde que chegou ao Náutico, Hélio dos Anjos vem, aos poucos, implementando seu estilo de jogo, que parece esboçar uma reação nesta reta decisiva da Série B do Campeonato Brasileiro em busca da manutenção da equipe na competição. Nos 10 jogos que esteve à beira do gramado, o comandante perdeu apenas três partidas e, embora tenha sofrido com desfalques na linha defensiva, como o lateral Willian Simões e o experiente Ronaldo Alves, saiu de campo em 60% dos compromissos sem sofrer gols e com saldo positivo de dois gols.
A chegada e rápida adaptação de Anderson, jovem e seguro goleiro, o crescimento técnico do desempenho de Rafael Ribeiro, suprindo a ausência do xerife Ronaldo, e outros ajustes táticos efetuados por Hélio mudaram a postura defensiva alvirrubra, que permitiu ao adversário, entre as 10 partidas, superá-lo por mais de um gol uma única vez, no confronto direto contra o Figueirense. Além disso, vale ressaltar que na soma dos jogos realizados sob o comando de Gilmar Dal Pozzo e Gilson Kleina, a média de gols sofridos pelo Náutico é 2,3 vezes maior que com Dos Anjos.
Presente em todas as partidas desde que Hélio tomou as rédeas do Timbu, Diogo Hereda, dono da lateral direita e um dos pilares da defesa alvirrubra, analisou o primeiro mês de trabalho do comandante e suas exigências no setor de segurança da equipe. “Hélio dos Anjos é bastante exigente e cobra muito a parte de não tomar gol. Estamos saindo bem por conta do trabalho que ele está fazendo. Desde que chegou, vem enfatizando que temos condições de sair dessa situação difícil. Estamos dando o nosso melhor, treinando bastante e, por isso, acredito que vamos inverter o momento logo”.
Personagem de uma das principais e surpreendentes mudanças no esquema do Náutico realizadas pelo treinador mineiro, Bryan, lateral de origem deslocado à ponta direita, também avaliou o aumento no rendimento dos atletas que atuam no terço defensivo aliado ao ‘fator Aflitos’ pós-Hélio.
“Terminar sem sofrer gols é fundamental para a gente manter o que temos apresentado nesses últimos jogos em casa. A gente fica muito mais próximo do resultado positivo. Jogar dentro de casa é bom demais, por mais que não tenha a torcida, a gente sente o espírito dos aflitos e a gente tem feito bons jogos dentro de casa. É manter isso aí para a gente entrosar mais o time para sair dessa situação que nos incomoda hoje”, disse o atleta de 22 anos.
Metade das vitórias alvirrubras foram conquistadas nos últimos 10 jogos. Desde que foi anunciado e entrou em contato com os atletas do Náutico, há pouco mais de um mês, Hélio prega um câmbio tanto na parte psicológica, tendo em vista a autoestima dos jogadores, como no aproveitamento dentro das quatro linhas. Vale ressaltar que o rendimento do Náutico sob o comando de Hélio é 50% melhor que o de Gilson Kleina, ex-treinador da equipe.
Fonte: Esportes DP
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