Por Lenivaldo Aragão
(Foto: Tardes de Pacaembu) |
Gradim era o técnico do Náutico em 1972. Época de Marinho, lateral esquerdo, que mais tarde seria batizado de A Bruxa. Bom de bola e nem tanto do juízo, depois brilharia no Sudeste – Botafogo e São Paulo – tendo tendo chegado à Seleção Brasileira.
Marinho participava de um treino de conjunto, ou coletivo, nos Aflitos, quando ouviu o treinador gritar, em certo momento em que tinha a bola sob seu domínio:
– Cai pela esquerda!
O caminho do craque, oriundo do ABC de Natal – seu primeiro clube foi o Riachuelo, da Marinha – era mesmo o lado esquerdo, não precisava nem gritar. O problema é que o galego insistia em entrar pelo meio, numa época em que o jogador praticamente ficava limitado ao seu setor.
Quem conhecia Marinho sabia mais ou menos onde aquilo iria dar. No segundo pedido de Gradim, Marinho deixou a bola de lado e jogou-se literalmente no chão.
O técnico encerrou o treino e pediu um copo d’água ao massagista.
Enquanto isso, os jogadores faziam um grande esforço para não sorrir da palhaçada.
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