Você torcedor pernambucano, imagine a cena. A diretoria do seu clube acerta um amistoso com o maior rival. Não para enfrentá-lo, mas para formar uma aliança contra um outro adversário. Um combinado especial durante noventa minutos, com torcidas e escudos misturados.
Hoje seria impossível. Num passado distante, vez por outra as agremiações se uniam para a realização de amistosos, rivalidade à parte, sobretudo contra equipes de nível técnico superior. Acredite, isso já foi realidade para alvirrubros, rubro-negros e tricolores. No imenso arquivo do historiador Carlos Celso Cordeiro, com 20.200 jogos, seis partidas tiveram nomes bem curiosos…
Eis as nomenclaturas: Náutico-Sport, Sport-Santa e Santa Cruz-Náutico.
A última vez que isso aconteceu foi em 8 de janeiro de 1961, na união entre Timbu e Cobra Coral. No estádio dos Aflitos, com o povão no “Balança mas não cai”, o antigo Placar dos Aflitos, o combinado foi goleado pelo Dínamo de Bucareste, 4 x 1. Por sinal, o clube romeno conquistaria o campeonato nacional da temporada 1961/1962. No Diário de PE da época , após o amistoso a manchete: “Dínamo demonstrou que não veio fazer turismo”.
Os rivais das multidões também se juntaram uma vez, em 9 de julho de 1950. Na Ilha do Retiro, com cazá-cazá, o Combinado Sport-Santa enfrentou a Iugoslávia, perdendo por 5 x 2. A fortíssima seleção havia sido eliminada da Copa do Mundo uma semana antes. Acredite, isto já aconteceu mesmo. -IS/
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