Muito contestado em suas duas passagens pela seleção brasileira, Dunga diz não se arrepender de não ter convocado Neymar para Copa do Mundo da África do Sul, em 2010. Com apenas 18 anos, o camisa 10 do PSG vivia uma ascensão no Santos, mas sem nenhuma experiência anterior com o treinador ou com a seleção nacional principal.
"Não", respondeu enfaticamente, perguntado se havia se arrependido. "É isso. As pessoas têm que contar a história. Em janeiro, ele era reserva do Santos. E a gente só tinha um amistoso em fevereiro, março", explicou ao canal do jornalista Duda Garbi.Para Dunga, Ganso, então com 20 anos, que também corria por fora por uma vaga no Mundial, já era um jogador "mais afirmado". O jogador do Fluminense ainda conseguiu ser listado entre os suplentes, que poderiam ser convocados no caso de alguma lesão entre os convocados. Para o treinador, as expectativas colocadas na época em que defendia o Santos foram muito altas.
"Não era o Ganso. No Brasil, nós temos 100 promessas no Brasil que era a mesma coisa, que tinha que ser o melhor do mundo. Tu vai ver, foi campeão regional. Então nós que criamos uma expectativa muito grande. Tem as teorias. Segundo uma teoria foi a lesão. E o Ronaldo, que estourou o joelho? São teorias que se cria no futebol", pondera.
"Todos os grandes arrebentaram o joelho, se quebraram e voltaram. Essas teorias que criamos, que o cara tem que ser competitivo. O que eu acho, que é um aspecto - e já meteram o pau em mim, que eu não gostava de psicólogo (risos) - é que é uma questão psicológica. A gente já da desculpa antes de assumir a responsabilidade. Muitos não renderam porque os que estavam de foram sempre acharam que o problema era o treinador que não põe para jogar, a questão do joelho.(...) Poucas vezes a culpa foi dele, e em muitas, a culpa foi dos outros. Em algum momento, a culpa poderia ser dos outros, mas ele tinha que chamar a responsabilidade. Pô, quando cheguei no Inter, o Dino Sani falou que eu era lento, e eu corri para trabalhar. Eu tive que fazer com que ele entendesse que eu não era aquilo", disse.
Crédito: www.uol.com.br/esporte/futebol
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