Nesses tempos atuais de "capitão a general" no governo brasileiro, lembrei-me do João Saldanha, o "João Sem Medo". João Saldanha foi escritor, jornalista tornado-se um dos mais destacados da crônica esportiva e treinador de futebol brasileiro. Foi escolhido como Técnico da Seleção Brasileira que foi a Copa do Mundo de 1970 no México e que nas eliminatórias classificou-se numa campanha invicta e deslumbrante que conquistou o mundo depois. Foi demitido do comando da Seleção às vésperas da Copa do Mundo de 1970 por não aceitar a interferência do Regime Militar em sua escalação. Em março de 1970 Saldanha foi questionado por um repórter sobre o pedido do presidente do Brasil o General Emílio Garrastazu Médici, que assim como João Saldanha era gaúcho e gremista, que teimava em querer convocar e escalar o atacante Dario (O Dadá Peito de Aço), do Atlético Mineiro como titular. João Saldanha não pestanejou e respondeu: "Ele ( Médici) escala o ministério dele. Na Seleção mando eu que convoco os jogadores". Duas semanas depois da sua resposta, foi demitido da Seleção e deu lugar a Zagallo, que em poucos meses depois conduzia "as feras do Saldanha" ao Tricampeonato Mundial no México. Mas, praticamente o mérito da convocação, manutenção e campanha daqueles jogadores na Copa do Mundo de 1970, até hoje é lembrado como do João Saldanha... Ficou o seu legado..
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