Pelé entre Luciano e Ramon num dos encontros do Santos com o Santa Cruz. Foto: arquivo do Blog de Lenivaldo Aragão
O Rei Pelé, que acaba de nos deixar, tinha uma certa ligação com Pernambuco. Ainda juvenil no Santos foi oferecido ao Sport, que por se tratar de um desconhecido de futuro ainda incerto, não aceitou o empréstimo sugerido pelo dirigente santista Modesto Roma ao representante santista no Recife, o rubro-negro Adamir Menezes. Um telegrama chegou a ser enviado ao dirigente José Rozenblit nesse sentido, todavia, a resposta foi negativa. Na época na imprensa paulista às vezes Pelé era tratado como Pelê, em alusão ao ponta-esquerda Telê (Santana), do Fluminense.
O Rei Pelé, que acaba de nos deixar, tinha uma certa ligação com Pernambuco. Ainda juvenil no Santos foi oferecido ao Sport, que por se tratar de um desconhecido de futuro ainda incerto, não aceitou o empréstimo sugerido pelo dirigente santista Modesto Roma ao representante santista no Recife, o rubro-negro Adamir Menezes. Um telegrama chegou a ser enviado ao dirigente José Rozenblit nesse sentido, todavia, a resposta foi negativa. Na época na imprensa paulista às vezes Pelé era tratado como Pelê, em alusão ao ponta-esquerda Telê (Santana), do Fluminense.
Em 1994, o Rei do Futebol desposou uma pernambucana famosa no campo da moda, Assíria. As bodas foram realizadas em na paróquia da Igreja Episcopal Anglicana do Brasil, localizada à Rua Carneiro Vilela, bairro do Espinheiro, Zona Norte recifense. Não é preciso dizer que o trânsito teve que ser fechado em algumas ruas da vizinhança.
No futebol, a presença de Pelé em gramados pernambucanos era uma constante. Mesmo sem ter jogos programados para o Recife, algumas vezes, com agenda a cumprir na região, o Peixe fazia do Hotel São Domingos, na Praça Maciel Pinheiro, no central bairro da Boa Vista, seu quartel general. O hotel, que não existe mais, recebia delegações de futebol, artistas que vinham se apresentar na chamada
VANTAGEM DE PELÉ
Quando confrontado com os pernambucanos, Pelé levou vantagem quase sempre. Entre amistosos e jogos oficiais (Taça Brasil e Campeonato Brasileiro, de clubes e de seleções) foram 26 partidas, tendo sido 23 pelo Santos, 2 pela Seleção Paulista e 1 pela Seleção Brasileira, com este resumo: vitórias, 14; empates, 8; derrotas, 4. Gols marcados, 15.
As quatro derrotas foram:
31/01/1960 – Pernambuco 4 x 2 São Paulo, Campeonato Brasileiro de Seleções, na Ilha do Retiro
17/11/1966 – Náutico 5 x 3 Santos, pela Taça do Brasil, no Estádio do Pacaembu, em São Paulo
06/12/1970 - Santa Cruz 1 x 0 Santos, Estádio do Arruda, Campeonato Brasileiro
07/10/1973-Santa Cruz 3 x 2 Santos, Arruda, Campeonato Brasileiro.
RESUMO DO REI CONTRA PERNAMBUCO
Nos encontros que travou com os três principais clubes de Pernambuco, o Santos tem estes números:
Contra o NÁUTICO (8 jogos)
4 vitórias
3 empates
1 derrota
Contra o SANTA CRUZ (8 jogos)
5 vitórias
1 empate
2 derrotas
Contra o SPORT (7 jogos)
2 vitórias
3 empates
Contra a SELEÇÃO PERNAMBUCANA
2 vitórias
1 empate
1 derrota
OS RESULTADOS
02/10/57 Sport 1x1 SANTOS-Ilha E
04/10/57 Náutico 0x0 SANTOS-Aflitos E
08/10/57 Sport 1x2 SANTOS-Ilha (1 gol) V
19/05/59 Santa Cruz 1x5 SANTOS-Arruda (3 gols) V
19/07/59 Pernambuco 0x0 SANTOS-Ilha E 31/01/60 Pernambuco 4x2 SÃO PAULO-Ilha/CB D
10/02/60 SÃO PAULO 3x1 Pernambuco-Pacaembu (2 gols) V
12/01/63 Sport 1x1 SANTOS-Ilha-Taça Brasil E
16/01/63 SANTOS 4x0 Sport-Pacaembu/TB V
09/11/66 Náutico 0x2 SANTOS-Ilha/TB (1 gol) V
17/11/66 SANTOS 3x5 Náutico-Pacaembu /TB D
19/11/66 SANTOS 4x1 Náutico-Pacaembu/TB-V
10/05/67 Santa Cruz 0x5 SANTOS-Arruda (1 gol) V
04/10/67 Náutico 0x0 SANTOS-Aflitos E
27/10/68 Náutico 0x3 SANTOS-Ilha/Robertão (1gol) V
13/07/69 Pernambuco 1x6 Brasil-Ilha (1 gol) V
12/11/69 Santa Cruz 0x4 SANTOS-Ilha-CB (2 gols) V
06/12/70 Santa Cruz 1x0 SANTOS, Arruda, CB D
11/08/71 Sport 0x2 SANTOS, Ilha, CB V
19/11/72 Santa Cruz 2x4 SANTOS, Arruda (1 gol) V
09/12/72 Santa Cruz 0x2 SANTOS, Arruda, CB-V
30/09/73 Náutico 0x3 SANTOS Arruda CB V
07/10/73 Santa Cruz 3x2 SANTOS Arruda CB (1 gol) D
13/01/74 Santa Cruz 1x1 SANTOS, Arruda, CB 1973, E
30/03/74 Náutico 1x1 SANTOS, Arruda, CB (1 gol) E
06/04/74 Sport 1x1 SANTOS, Arruda, CB (1 gol) E
EXPULSÃO NA ILHA
Na carreira de Pelé são contabilizadas 11 expulsões de campo, entre as quais uma em Pernambuco. Aconteceu num amistoso na Ilha do Retiro entre o Santos e a Seleção Pernambucana, em 19 de julho de 1959. O jogo, que terminou em 0 x 0, foi dirigido pelo gaúcho Alfredo Bernardes Torres, sargento do Exército, que servia em Pernambuco e integrava o quadro de árbitros da FPF. Muita confusão em campo. O Peixe teve quatro jogadores expulsos: Getúlio, Dorval, Fioti e Pelé. Mais uma expulsão e os santistas ficariam com apenas seis homens, portanto, impossibilitados de continuar jogando. Pernambuco alinhou: Valter; Bria, Zequinha Miná, Carvalho e Ney Andrade; Zé Maria e Moacir; Nando (Nilson), Geraldo, Humaitá e Elias. O Santos contou com Manga – nada a ver com o pernambucano Manga; Getúlio, Pavão, Fioti e Mourão; Formiga e Jair; Dorval, Coutinho (Dalmo), Pelé e Pepe (Sormany).
Voltando ao Rei, sua primeira expulsão ocorreu em 22/12/1957, ele com apenas 17 anos, num clássico em que o Santos derrotou o Corinthians por 1 x 0.
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