O ano em que Wlamir mostrou sua maestria no Recife

Foto: Reprodução Globo Esporte

            ETERNO ÍDOLO DO BASQUETE


Por Lenivaldo Aragão

O Brasil lamenta a morte, aos 87anos de idade, de Wlamir, considerado o maior jogador de basquete do Brasil, com uma interminável coleção de títulos de campeão em São Paul0, no Brasil, na América do Sul e no Mundo. Entrevistei-o várias vezes, empunhando o microfone da Rádio Clube de Pernambuco, no Campeonato Brasileiro de 1964, realizado no Recife. Os estados eram representados por suas seleções e o certame se realizava a cada dois anos. A capital pernambucana sediou a vigésima sexta edição e isso só aconteceu, graças à pertinência de Jorge Melo, o dinâmico presidente da Federação Pernambucana de Basquetball.

A cada noite, o Ginásio Wilson Campos, do Sesc, em Santo Amaro, ficava superlotado logo cedo. Naquela época, a briga entre os participantes era pelo vice-campeonato, considerado uma notável conquista. Já se sabia que a taça seria da equipe que tinha Wlamir, Ubiratan, Algodão, Rosa Branca e outras expressões do basquete, não apenas do Brasil, mas do mundo.
São Paulo chegou ao Recife como tetracampeão e candidato a mais uma taça, o que conseguiu. Só que o vice não foi o Rio de Janeiro, o que geralmente acontecia. O Ceará, que tinha uma excelente seleção, comandada por Flávio, obteve a “glória” do vice-campeonato.
Pernambuco viveu uma semana de glamour, com a nata do basquete nacional fazendo a alegria dos amantes do bola ao cesto (um eufemismo dado ao basquete), no ginásio oficial ou nos clubes, onde as equipes treinavam, ou mesmo nas areias de Boa Viagem, quando aproveitavam os momentos de folga. Wlamir e sua turma não davam conta dos pedidos de autógrafos.



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