VERMELHO? | O que o Mestre Zagallo, fã do verde e amarelo e de Nossa Senhora Aparecida diria?





Por Fábio Barreto

RIO DE JANEIRO - Antes da primeira conquista mundial, o Brasil jogava de branco. Perdeu a Copa de 50 no Maracanã. O trauma fez com que o uniforme fosse considerado "azarado". Veio o amarelo muito inspirado na nossa bandeira. A camisa ganhou força, personalidade e caráter.
Na decisão da Copa de 58 jogamos com a Suécia, que veste amarelo. Nossa comissão técnica, em um momento emergencial, providenciou camisas azuis em homenagem à padroeira dos brasileiros: Nossa Senhora Aparecida. Fizemos a decisão com azul. Ganhamos a primeira Copa.
O azul, que também representa o nosso céu na bandeira, deu certo. Num país tão emocional, a cor trouxe a nossa alma para o campo.
De amarelo, e de azul, o Brasil brilhou, as camisas entraram para a história e viraram a marca do futebol arte. Ganhamos mais 4 copas. Azul elegante. O amarelo, rico, alegre.
O tempo passou e o amarelo da seleção começou a ser usado para simbolizar um lado político. Agora, em ano eleitoral e de Copa, a Nike tira o azul e entra com o vermelho, outra cor também usada como referência de mais um lado político. Jogada de mestre? Talvez... O fato é que coincidência ou não, todos os lados terão suas cores, quando TODAS as nossas cores são verde e amarelo.
Abolir o azul, adotar o vermelho. Uma decisão comercial. Apenas comercial. Não há outra razão.
As primeiras indicações sugerem “uma base vermelha moderna e vibrante". Haverá um tom desbotado com listras ou "manchas" pretas... O lançamento deve acontecer em março de 2026.
Além da novidade na cor, a camisa terá o logotipo da Jordan, marca ligada ao astro de basquete Michael Jordan, no lugar do “swoosh” da Nike.
A seleção de vermelho...
A CBF ganhando mais dinheiro.
A arbitragem dos seus campeonatos uma vergonha.
O futebol brasileiro cada vez pior e esquecendo sua identidade.
Talvez, esse papo de representatividade e tradição seja uma bobagem para quem agora não pensa em futebol. Só em fazer política e comércio.
Esperamos que esse vermelho não seja o símbolo do fim de tudo.
Que venha uma nova era, em paz, em verde e amarelo como amava o Mestre Zagallo.






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