Técnico tricolor argumentou que a nova realidade afetará - e muito - o clube, uma vez que, diferentemente de outras equipes, o Santa tem grande apoio
"O que tínhamos de nosso aliado, a gente passa a não ter mais", lamentou Itamar (Foto: Rafael Melo/Santa Cruz ) |
O técnico do Santa Cruz, Itamar Schülle acredita na volta aos jogos - apesar de não saber precisar quando ela acontecerá. Mas também de acordo com a visão do comandante tricolor, entrevistado pela reportagem do Diario de Pernambuco, o retorno do futebol, pelo menos no Brasil, será de portões fechados. E é justamente neste quesito onde mora grande parte da preocupação do treinador da Cobra Coral.
Isso porque, segundo o técnico tricolor, o Santa Cruz tinha um grande “aliado” dentro de campo: a torcida. Mas, com o cenário - ainda incerto - de volta do esporte no país, a tendência é que, quando houver possibilidades sanitárias, o futebol retorne, mas sem público. E, como reforçou o treinador catarinense, particularmente para o Tricolor do Arruda, esta mudança será bem mais sentida. Diferentemente, inclusive, da realidade de outras equipes.
“O que tínhamos de nosso aliado, antes de toda essa pandemia do coronavírus, a gente passa a não ter mais. Porque ninguém sabe quando o futebol vai voltar e quando voltar vai ser de portões fechados. E outros times são acostumados a jogar com pouca torcida, eles não têm a torcida de massa que nós temos. Para eles está tudo tranquilo porque já são habituados à essa realidade. E aqui no Santa Cruz é justamente bem o contrário”, declarou Itamar Schülle.
O técnico do Santa Cruz ainda fez questão de projetar a temporada um pouco mais à frente. Quando tudo, na medida do possível, se normalizar. E manteve o discurso firme, até mesmo sobre a principal competição a ser disputada pelo clube neste ano: a Série C. Itamar reforçou que, apesar da equipe ter conseguido um bom nível de desempenho até antes da paralisação do futebol, isso não credenciava a Cobra Coral como um dos times favoritos ao acesso à Série B. Muito pelo contrário, na verdade.
“Na Série C é favorito a uma vaga? Não. Nós temos times com muito potencial de investimento e que estão, apesar de todo esse tempo parado, nas dificuldades que o futebol e o mundo estão passando, contratando. Clubes que não tem torcida forte, mas têm investimentos, os próprios donos são os investidores. E eu sei da dificuldade que é”, analisou.
Fonte: Super Esportes
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