Santa Cruz amplia uso da base em 2020, mas vê concentração em jogadores que saíram

Entre os times do Trio de Ferro do Recife, Tricolor teve menor aproveitamento de pratas da case neste ano, mas diminuiu desvantagem

Por  Vítor Aguiar

André teve 35 jogos na temporada (Foto: Tarciso Augusto/Esp. DP Foto)

Pelo segundo ano consecutivo, o Santa Cruz teve uma temporada de ampliação do uso das suas categorias de base no elenco profissional. Em relação a 2019, este terceiro ano na Série C teve mais pratas da casa sendo utilizados e mais minutagem somada entre eles, algo que foi bastante impulsionado pela ampla utilização de Maycon Cleiton, André e Jeremias ao longo do ano, com esses nomes representando 85% do uso total.

Com vantagem, a cria coral que mais jogou neste ano foi o goleiro Maycon Cleiton. Vendido ao Red Bull Bragantino no fim da temporada, o arqueiro somou 45 jogos e foi titular por toda a temporada. Com 10 jogos a menos, André também foi largamente utilizado, sendo titular em boa parte do ano. Ele está negociado com o Atlético-GO. Jeremias somou 30 jogos e perdeu espaço ao longo da temporada. Sem contrato, ele foi para o Bahia Sub-23.

O porém é que para por aí. Além dos três, nenhum outro prata da casa coral teve ampla utilização na temporada. Se a torcida tinha grandes expectativas para ver nomes como Felipe Cabeleira (Simplício) e Léo Gaúcho sendo bem utilizados e muito testados ao longo das cinco competições que o Santa disputou neste ano, eles viram suas esperanças frustradas. Cada um deles recebeu apenas uma oportunidade na temporada.

Entre os que continuam no Santa para 2021, o que teve mais espaço no ano que se encerrou e que surge como uma das principais esperanças da base para o novo ano é o meia João Cardoso. Com as concorrências de Didira e Chiquinho, ambos com boas chances de permanência no Santa, e também de Jeremias, ele fez apenas nove jogos, vários deles sendo acionado nos minutos finais das partidas.

Além desses três nomes citados, outra peça que também pode ganhar mais espaço em 2021 é o volante Ítalo Henrique, que fez cinco jogos e depois foi emprestado ao Floresta, onde disputa a final da Série D. Felipe Almeida, atacante que fez apenas dois jogos, também pode aparecer mais na nova temporada. E, com uma permanência na C, na complicada situação financeira do Santa, o aproveitamento da base, com revelações, pode ser um dos pontos chave para uma temporada sólida e uma boa receita ao final dela.

USO DA BASE

Maycon Cleiton (goleiro) - 45 jogos (22 C, 12 PE, 9 NE, 2 CBr)
André (volante) - 35 jogos (19 C, 8 PE, 5 NE, 1 CBr, 2 Pré-NE)
Ítalo Henrique (volante) - 5 jogos (2 PE, 2 NE, 1 CBr)
Jeremias (meia) - 30 jogos (10 C, 11 PE, 8 NE, 1 CBr)
João Cardoso (meia) - 9 jogos (3 C, 3 PE, 2 NE, 1 CBr)
Felipe Simplício (meia) - 1 jogo (1 PE)
Léo Gaúcho (atacante) - 1 jogos (1 C)
Felipe Almeida (atacante) - 2 jogos (2 NE)

2020: 8 jogadores, somando 128 jogos (3 com pelo menos 10 presenças)
49 jogos no ano: média de 2,6 pratas da casa por jogo

2019: 6 jogadores, somando 100 jogos (5 com pelo menos 10 presenças)
44 jogos no ano: média de 2,3 pratas da casa por jogo

2018: 7 jogadores, somando 36 jogos (1 com pelo menos 10 presenças)
40 jogos no ano: média de 0,9 pratas da casa por jogo

Fonte: Esportes DP

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